sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A história de Hilário Costa


Hilário Costa, um homem desempregado de quase 40 anos, barricou-se com seis reféns no quinto piso de um prédio da Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde se situam os escritórios de uma das mais importantes empresas de seguros espanholas a trabalhar na capital. Aparentemente tem colado ao corpo uma série de explosivos. Embora tenha exibido uma mensagem escrita em que, como condição para libertar os reféns, exigia que lhe devolvessem tudo o que ele tinha perdido, o diálogo que vai mantendo com Alexandre, negociador da Unidade especial do Grupo de Operações Especiais da PSP (GOE), vai lançando uma nuvem de mistério sobre os seus verdadeiros objectivos. Ficamos a saber que Hilário Costa é uma presença habitual nos castings para figurantes e actores secundários nas produtoras televisivas e que quer obter assim os seus cinco minutos de glória. O que consegue, após o seu suícidio (que se dá com a ingestão de uma dose letal de veneno): com a difusão pública pela televisão, da sua carta, a sua campa torna-se local de romagem de muitas figuras mediáticas e o cemitério foi invadido por uma avalanche de "papparazis".